E se, num passe de mágica, todo médico tivesse a saúde abalada e se tornasse paciente por um breve momento, antes de iniciar a prática profissional? E se todos pudéssemos experimentar as filas da rede pública de saúde ou ver alguém querido ter o atendimento médico negado, na hora da dor? Quanto de mudança isso seria capaz de promover? Colocar-se no lugar do outro é só a primeira das reflexões propostas a fim de se resgatar a alma da medicina e, no plano mais abrangente, do cuidado com o outro. Terapeutas de toda ordem, profissionais de saúde de toda espécie, voluntários que cooperam em tratamentos espirituais, pacientes e consulentes ― quem não precisa reaprender o que significa cuidar de si, do outro e da saúde humana?